27 de novembro de 2018
É possível debater política de um
clube de futebol, sem afetar o elenco de jogadores e a comissão técnica no
decorrer de uma importante disputa esportiva? Em nossa visão, essa questão
necessita ser debatida intensamente. É um ponto que a mídia poderia, de modo
inteligente, inserir no contexto e no dia a dia do noticiário esportivo –
embora reconheçamos que é muito difícil obter um meio termo sem haver
interpretações errôneas acerca dos debates políticos propostos em meio às
disputas dentro de campo.
O que vimos neste ano? Dentro de
campo, o Internacional propôs aquilo que deve ser feito todos os anos: disputou
título, de fato! O clube tem que saber o porquê de ter alcançado
competitividade, e também entender por qual motivo não obteve a taça de campeão.
Se o clube tiver competência nesse entendimento, aumenta sua própria chance de
disputar o título do principal campeonato do país novamente, nos anos seguintes.
Em 2018, com o Inter competitivo
em nível nacional, mas com sérios problemas a se resolver principalmente fora
das quatro linhas, vimos o quadro político colorado não ser exposto para a
grande massa – justamente para não afetar o grupo profissional dentro de campo.
Mas, deve existir um meio termo. Por qual motivo essa possibilidade nunca é
debatida? Caberia à mídia esportiva e também ao clube, propor debates
inteligentes em torno desse assunto, para que mais torcedores e associados, no
decorrer do ano, pudessem conhecer propostas, ter tempo de ponderação, e até
mesmo de participação em reuniões propositivas de diversos grupos políticos
existentes.
O Movimento Inter Nacional (MINN)
reconhece que, do modo que o debate foi conduzido em 2018 – ou seja, às escuras
até o fim do campeonato – se buscou muito proteger o trabalho da comissão
técnica e dos jogadores. O que é fundamental, obviamente! Mas, repetimos: será
que não há um meio termo? Será que não existe uma forma de debater política do
clube, meses antes das eleições – e não apenas faltando poucos dias para o processo
eleitoral?
Respeitosamente, acrescentamos
este ponto para reflexão de todos, e que se possa evoluir neste assunto já para
as eleições que ocorrerão no Internacional ao final do ano de 2020.