Por: Movimento Inter Nacional (MINN)
31 de julho de 2017
Acreditamos ser fundamental motivar
o apaixonado torcedor, para que ele compareça ao estádio Beira Rio, neste
momento da história do clube. É importante apoiar, principalmente, os jogadores
mais jovens do elenco. Ao natural, os atletas oriundos da base, acabam sendo
mais sensíveis as críticas recebidas no momento do desenvolvimento de seu
trabalho no decorrer das partidas. Tal situação é mais do que natural. Faz
parte do processo de desenvolvimento e de experiência a ser adquirida pelo jogador
de futebol profissional.
No último jogo, disputado contra
o Oeste, um nome que voltou a equipe titular do Internacional, teve atuação
destacada: Eduardo Sasha é um atleta formado no Celeiro de Ases e foi peça fundamental para a vitória colorada
nesta disputa. Não estamos aqui para discutir a qualidade técnica, nem mesmo os
pontos positivos táticos, ou defeitos deste jogador.
Fizemos questão de elencar esta
introdução, pois no 17º artigo de nosso Estatuto, falamos exatamente sobre a
importância da categoria de base na história do clube. Mais ainda: neste
artigo, o MINN respeitosamente
contrapõe uma declaração do ex presidente Vitório Píffero, divulgada pela
imprensa logo após o rebaixamento colorado.
Em reportagem divulgada pela
página do portal clicrbs, no
dia 11 de dezembro de 2016, o mandatário colorado assume erros e
responsabilidade pelo rebaixamento; mas cita que a principal causa da queda, na
avaliação da diretoria, foi a excessiva “juvenilização
da equipe”. Este termo foi exposto e está disponível em reportagem que pode
ser acessada através do link:
É notório que, ao assumir a
responsabilidade pela falta de resultados, mas ao mesmo tempo “diagnosticar” e
expor opinião sobre a decisão diretiva que ocasionou fracasso dentro de campo,
o torcedor acaba sendo “direcionado” a imaginar que “juvenilizar” a equipe maximiza
possibilidade de insucesso esportivo, devido a falta de experiência do elenco.
Na reportagem citada, Píffero
diz:
“— Chegamos à semifinal da Libertadores no ano passado e começamos bem esse ano, chegamos a estar na liderança do Brasileiro. De lá para cá, o grande erro talvez tenha sido deixar o time muito jovem. Não estou botando a culpa neles, mas um time tem de ter média de 27, 28 anos, e o nosso time ficou aquém.”
O ex presidente afirma que “não
está botando a culpa neles”. Todavia, este tipo de declaração, em nossa
respeitosa avaliação, pode “motivar” o torcedor, no ímpeto de um mau resultado,
ou de um erro técnico cometido, a “descontar” sua frustração, principalmente
nos jogadores mais jovens que ficaram no elenco após o rebaixamento.
No “calor do jogo”, devido a esta
“declaração suprema” do clube, o torcedor pode concordar que “o time precisa
ter mais experiência”, sem questionar a qualidade e contribuição dos
experientes contratados. Mais do que isso: fica validado que é salutar para o clube
ir ao mercado e contratar, sem critérios técnicos definidos, apenas para
atingir uma média de idade satisfatória dentro de um elenco, ou então, visando
unicamente atender interesses comerciais diversos contidos no meio do futebol e
que fazem parte deste contexto.
O mais grave, em nossa análise, é
que em momento algum da reportagem, o ex presidente cita o real motivo da queda
de qualidade do “elenco jovem” que foi rebaixado:
O Internacional foi rebaixado,
pois quem tinha a responsabilidade de dirigir o clube e o departamento de futebol,
não possuía convicção no trabalho, o que pode ser comprovado pelas incessantes
trocas no comando técnico do time. Além disso, a composição do grupo foi
efetivada sem critérios claros, que definissem a chegada de atletas
experientes, que fossem realmente diferenciados, e que pudessem fornecer aos
jovens o equilíbrio psicológico e técnico necessário, nos momentos de
dificuldade.
Deste modo, ficamos sem saber se
o diagnóstico equivocado da causa da queda é uma convicção errônea da diretoria
anterior – e até mesmo da atual, ou se estamos falando de um suposto e
intencional “redirecionamento” das causas do rebaixamento. Queremos acreditar
na primeira alternativa: incompetência, sem quaisquer outras intenções!
Magrão, meio campista campeão da
Copa Sul Americana de 2008 com o Internacional, detectou a principal causa do
rebaixamento. Em entrevista divulgada pelo portal correiodopovo, que pode ser visualizada na íntegra acessando
o link abaixo, Magrão ponderou:
“Eu acho que tinham jogadores que fizeram bons
campeonatos em equipes menores, mas não estavam preparados para jogar em um
time como o Inter. O diagnóstico é esse. As apostas são atletas de 22, 23 anos.
Para chegar no Inter com mais idade, tem que estar pronto. A cobrança é muito
grande"
Após esta explanação, divulgamos para
o conhecimento do torcedor colorado, a íntegra do 17º artigo contido no Estatuto
do Movimento Inter Nacional (MINN):
Este é um, entre tantos pontos,
que o Movimento Inter Nacional (MINN)
defende. Achamos importante, pelo momento que o clube vivencia na disputa da
série B nacional, fazer este tipo de divulgação, desmentindo teses sobre “juvenilização”
e apontando a máxima e real causa do rebaixamento.
Posto isso e esclarecido o real
motivo do rebaixamento, conclamamos, desde já, nossa massa torcedora, para que
seja cada vez mais um fiscal ativo do clube. Opinando, cobrando, questionando e
conhecendo procedimentos, não acatando qualquer tipo de explicação vaga,
que venha dos gabinetes! É preciso clareza e transparência, em todos os setores! O torcedor tem poder e inteligência suficiente para
ser um questionador, visando melhorias no seu clube. O clube é dele, é do
torcedor!
Mais do que isso, no decorrer dos
90 “e tantos” minutos de cada partida, devemos ser apoiadores incondicionais
dos atletas dentro de campo – motivando, tanto os jogadores contratados, quanto
também e principalmente, os oriundos do Celeiro
de Ases. Sobre apoio e paixão, nem é preciso “motivar”. Colorado é movido a
isso, desde 1909!
Saudações esportivas e coloradas!
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