sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Entrevista: Luciano Davi, candidato à presidência do Sport Club Internacional pela Chapa 2 - "O Inter que Queremos"

Por: Movimento Inter Nacional
07 de dezembro de 2018

Conforme previamente informado e pelo bem da democracia, o Movimento Inter Nacional (MINN) direcionou pautas e questionamentos aos dois candidatos à presidência do Sport Club Internacional. As perguntas foram elaboradas por torcedores do Clube do Povo, visando maior conhecimento sobre o que pensam os candidatos a respeito de pautas diversas e importantes, tais como melhoria de procedimentos, de diretrizes e de políticas de gestão e futebol.

Seria uma excelente oportunidade para que o torcedor colorado pudesse "confrontar respostas dos candidatos" sobre perguntas idênticas, visando tomar sua decisão de voto de forma mais tranquila e embasada possível. Lamentamos que o candidato Marcelo Medeiros, que concorre à reeleição, sequer nos tenha confirmado o recebimento das questões, que lhe foram direcionadas por meios distintos. Por outro lado, queremos agradecer ao candidato Luciano Davi, que gentilmente nos concedeu suas respostas. Na íntegra e sem quaisquer cortes, confira a entrevista concedida pelo candidato da Chapa 2 - O Inter que Queremos, aos torcedores do Movimento Inter Nacional (MINN):


 ADMINISTRAÇÃO DE DADOS E FINANÇAS


Pergunta do MINN: como funciona atualmente o sistema de gestão financeira do Internacional, no quesito administrativo e burocrático? Qual é o sistema informatizado implantado no clube? Quem são os responsáveis pelas liberações de pagamentos oriundos da conta bancária do clube, nas mais diversas alçadas? Entre elas, contratos de atletas, comissões de empresários, contas diversas, pedidos de materiais e de produtos, obras e melhorias...

Ainda em se falando no quesito da administração das informações, de que modo os controles internos podem ou devem melhorar, em sua visão?


Resposta do candidato Luciano Davi: não temos como responder a nenhuma das perguntas, pois não somos gestão. Estas mesmas perguntas, juntas a outras mais, fizemos através de três requerimentos à mesa do Conselho Deliberativo e ao presidente Medeiros e nos foi negado. Não há transparência no Clube, o que infelizmente compromete a democracia colorada. Em nossa gestão isso irá mudar, vamos adotar o compliance e ser totalmente transparente. Não temos que esconder informação de governança do torcedor, menos ainda de conselheiros.

Sobre os controles internos. Ano passado a EY em seu relatório sugeriu que o Internacional adotasse o compliance. Infelizmente até agora isso não ocorreu, e problemas como uso de cartão corporativo sem regramento institucionalizado continuam ocorrendo.


 FUTEBOL


Pergunta do MINN: visando maior responsabilidade financeira, em paralelo com o acréscimo de qualidade ao time, temos em mente que pagar multa rescisória para contratação de jogadores é um procedimento válido no caso da aquisição de jovens jogadores, que tenham no máximo 22 anos de idade, desde que avaliados criteriosamente e tecnicamente por profissionais do clube. Acima dessa média de idade, as contratações devem ser mais pontuais e criteriosas, com a utilização de informações do setor de inteligência, que deve ser formado por profissionais do departamento de futebol, priorizando o atleta em final de contrato, que tenha objetivo de crescimento e conquistas na carreira, sem haver o pagamento de multa rescisória. Nestes casos, seria alinhado diretamente com o jogador, tanto a sua remuneração, quanto o tempo de duração do contrato (que é outro ponto a ser debatido).

Na prática, muitas vezes vimos o Internacional, na última década, desembolsar valores astronômicos, pagando multa rescisória e remuneração milionárias, para contratar jogadores na faixa de idade acima de 27 ou 28 anos, dando a eles contrato de 3 anos ou mais, deixando-os na zona de conforto – isto sem contar a questão técnica, muitas vezes de caráter duvidoso, para os valores investidos.

De que modo o Senhor, se eleito para comandar o clube em 2019/2020, tratará a pauta “reforços para o elenco profissional”, pensando na saúde financeira do clube, no aproveitamento real da categoria de base, com responsabilidade e sem comprometer tecnicamente e financeiramente a gestão a partir do biênio 2021/2022?


Resposta do candidato Luciano Davi: concordamos com a posição dos entrevistadores na resposta dada na pergunta.


DEMOCRACIA


Pergunta do MINN: de que forma o Senhor e sua chapa “enxergam” a possibilidade de debater a remuneração salarial, a ser instituída para dirigentes do alto escalão do clube, dando ao trabalho deles a real importância da responsabilidade que os cargos impõem, tirando qualquer ideia de que os dirigentes historicamente estão prestando um favor ao torcedor? Além disso, como é visto por sua candidatura, a possibilidade de implantar cláusula de barreira “zero” nas eleições do clube, pleito defendido por diversos torcedores, associados e movimentos políticos?


Resposta do candidato Luciano Davi: para nós a democracia se faz com a torcida sendo ouvida nos processos decisórios do Clube e na pluralidade do Conselho Deliberativo. É preciso urgentemente alargar a democracia colorada.

Quanto a remuneração de dirigentes, somos favoráveis que alguns cargos, como presidência e vice-presidente de futebol, sejam remunerados. Divergimos da posição de uma das chapas da situação que propôs remuneração para todos os cargos diretivos.


Sobre a cláusula de barreiras, somos 100% favoráveis à cláusula ser de zero porcento. É preciso que o CD reflita a pluralidade de nossa torcida. O Inter se fortalece incluindo e não excluindo.



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